Biologia de Morpho catenarius: uma pesquisa sem morte e sem dor.
"Método LabZero"
Nossas pesquisas são realizadas com o compromisso de não causar a morte nem o sofrimento dos animais estudados.
As crianças auxiliam na aquisição de novas informações a respeito da biologia da espécie
Morpho catenarius,
da qual muitos aspectos ainda são desconhecidos.
Num dia de sol estudando a Borboleta Azul do Céu Morpho catenarius
(verão de 2020)
Animais são utilizados para fins científicos desde a antiguidade. A partir do século XVIII a moralidade dessa prática tem sido discutida. Na Europa, a controvérsia gerada pelo dilema entre avanço das ciências biomédicas e danos causados aos animais vem se agravando e obrigando o Parlamento Europeu a votar SIM para um futuro sem pesquisas com animais.
Instituições que abrigam coleções científicas de animais também estão passando por um processo de reformulação. A exemplo do Museu da Universidade de Londres (GMZ) que brindou os visitantes com exemplares de animais vertebrados adquiridos após morte natural.
Iniciativas como essa inicia a quebra do paradigma vigente nas coleções desde o Século VII, onde os animais eram invariavelmente sacrificados.
Os animais vertebrados (cães, gatos, camundongos, etc) contam com o carisma e atenção da sociedade em geral. Mas, quando trata-se dos animais invertebrados (minhoca, besouros, lesmas, etc) a situação é muito mais difícil para esses animais.
Algumas razões contra os Invertebrados
Preconceito contra espécies: Especismo
Na década de 70, Ryder introduziu o conceito de especismo para denominar o preconceito contra determinadas espécies de animais.
O especismo é similar ao racismo ou ao sexismo, onde tratamentos dados a determinados indivíduos são ditados por diferenças físicas moralmente irrelevantes.
É provável que o fato dos invertebrados não apresentarem semelhanças físicas ou comportamentais conosco, seres humanos, os coloque em posições inferiores. Além disso, muitos desses animais são considerados “pragas”, como lagartas que se alimentam de plantas cultivadas ou “prejudiciais”, como formigas cortadeiras, ou ainda são considerados “nojentos”, como as baratas.
Não Senciência
A capacidade de sentir dor e de sofrer confere ao animal o status de ser senciente.
Embora o Manifesto de Cambridge valide a presença de circuitos neurais e de hábitos comportamentais em diversos invertebrados, esses animais continuam sendo utilizados indiscriminadamente para diversas finalidades.
A principal razão pela qual os invertebrados não estão incluídos na regulamentação de proteção animal é justamente a não comprovação científica da senciência deles.
Urgente!
Devemos ser cautelosos e cuidadosos com os animais invertebrados. Na dúvida, temos que protegê-los. Caso contrário, estaremos moralmente cometendo um grande erro em não conceder-lhes o poder da dúvida.
É necessário que haja o aprimoramento de medidas para a promoção do bem-estar de todos os animais, inclusive dos animais de muitas pernas!
Nova Geração de Metodologia não Convencional
Já começam a surgir estudos com metodologias com alto teor de responsabilidade socioambiental.
Um estudo (2019) com uma espécie borboleta aparentada a Morpho catenarius (M. epistrophus) realizado por Fernández e colaboradores declara uma metodologia sem morte das lagartas estudadas.
Projetos em Andamento
com o
"Método LabZero"
Ciclo de vida
Estudo do desenvolvimento dos quatro estágios: ovo-lagartas-crisálida-adulto.
Polimorfismo
Estudo dos padrões de coloração das asas entre os sexos e dentre os indivíduos.
Fidelidade
Avaliação do comportamento gregário e fidelidade das lagartas.
Hospedeiras
Utilização das plantas hospedeiras e preferência alimentar das lagartas.
Promoção da Pesquisa
Embora os estudos a respeito da biologia das borboletas normalmente já utilizem metodologia pouco invasiva, com o “método labzero” iremos promover e valorizar ainda mais o cuidado e o bem estar dos animais estudados.
Validação da Pesquisa
Os resultados obtidos serão comparados aos resultados obtidos a partir de uma metodologia convencional
Ajude este Projeto
Ao doar para a pesquisa: Biologia da Borboleta Morpho catenarius,
uma pesquisa sem morte e sem dor
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com procedimentos que valorizam a vida dos animais estudados.
Sua doação será destinada para:
Material de campo
Pró-labore
Análise laboratorial.